O programa comemorativo do Centenário da República da nossa Escola foi submetido à CNCCR (Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República) e encontra-se disponível para consulta, por todos os interessados, aqui:

Programas comemorativos



sexta-feira, 21 de abril de 2006

Manuel de Arriaga


Manuel José de Arriaga Brum da Silveira, nasceu em 8 de Julho de 1840, na cidade da Horta. Casou com D. Lucrécia de Brito Berredo Furtado de Melo, com quem teve seis filhos (dois rapazes e quatro raparigas). Faleceu no ano 1917, com 77anos de idade.

Actividade Profissional

Foi na universidade de Coimbra que se formou em Leis, motivo pelo qual entrou em conflito com o pai, que o deserda e deixa de financiar os seus estudos. Sobrevive e paga os estudos a partir de aulas de Inglês que dá, então, no liceu. No ano de 1866, lecciona a mesma língua, agora em Lisboa. Dez anos mais tarde, já faz parte da Comissão para a Reforma da Instrução Secundária e em simultâneo vai exercendo a profissão de advogado, tornando-se um notável casuísta graças à sua honestidade e saber. Destaca-se, essencialmente, no ano de 1890, na defesa de António José de Almeida, após o mesmo ter escrito para o jornal o artigo “Bragança, o último” contra D. Carlos.

Percurso Político

Filiado no Partido Republicano, foi eleito quatro vezes deputado pelo círculo da Madeira. Em 1890, foi preso por manifestações patrióticas relativas ao Ultimato Inglês. Em 1891, já fazia parte do directório daquele Partido em conjunto com Jacinto Nunes, Azevedo e Silva, Bernardino Pinheiro, Teófilo Braga e Francisco Homem Cristo. Nos últimos anos da monarquia, sofre um apagamento, quando chegam à conclusão que a substituição do regime monárquico não seria levada de forma pacífica. Os republicanos doutrinários são então substituídos. Depois da proclamação, é então chamado a desempenhar as funções de Procurador da República.
Foi eleito a 24 de Agosto de 1911 e, durante a vigência do seu mandato, tomam posse vários governos. No início da Primeira Grande Guerra, surge a polémica dos que são a favor e os que são contra a guerra, a qual só veio agravar mais ainda a situação. Devido a estas ocorrências que em nada abonaram em seu favor, o Presidente Manuel de Arriaga, tenta mais uma vez, chamar à razão as Forças Republicanas, tentando chegar a um acordo entre os partidos. Não tendo meios adequados para tal, convida o general Pimenta de Castro, que é empossado a 23 Janeiro de 1915.
O encerramento do Parlamento e a amnistia de Paiva Couceiro vão transformar em certezas as desconfianças que os sectores republicanos tinham acerca daquele militar, desde o governo de João Chagas onde ocupara a pasta da Guerra e evidenciara uma atitude permissiva face às tentativas monárquicas de Couceiro. A revolta não se fez esperar. Em 13 de Maio do mesmo ano, sectores da Armada chefiados por Leote do Rego e José de Freitas Ribeiro demitem o Governo que é substituído pelo do Dr. José de Castro, que inicia as suas funções em 17 do mesmo mês.
O Presidente é obrigado a resignar em 26 de Maio de 1915, saindo do Palácio de Belém escoltado por forças da Guarda Republicana.

Trabalho elaborado por: Daniela Mota - Efa básico Cidadania e Empregabilidade

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