O programa comemorativo do Centenário da República da nossa Escola foi submetido à CNCCR (Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República) e encontra-se disponível para consulta, por todos os interessados, aqui:

Programas comemorativos



domingo, 7 de março de 2010

1.

Excerto do Projecto de Recomendação dos alunos do E. Secundário para o concurso “Parlamento dos Jovens: Os Cem anos da República”

Quando, em 1910, a República foi implantada em Portugal, os ideais que norteavam os revolucionários eram claros e de pendor visivelmente humanista: valores de cidadania, de liberdade e igualdade, a educação como um bem ao alcance de todos e a luta contra a opressão.
Foram estes ideais que lançaram as sementes de alguns valores, hoje tão solidamente implantados, que nem nos questionamos sobre o quanto eles são recentes: aqui está o embrião da escolaridade obrigatória, da igualdade entre os sexos e dos direitos das mulheres participarem plenamente, enquanto cidadãs, na vida do país.


Cem anos volvidos sobre a implantação da República, às questões antigas vêm juntar-se agora os novos problemas com que este século se debate. As mudanças que se operam à escala global constituem enormes desafios aos ideais republicanos: a deslocação de importantes contingentes populacionais dos países pobres em direcção aos países mais ricos, em busca de segurança, ou tão-somente de sustento; a educação que passa a ser feita num contexto de multiculturalidade; a necessidade de acautelar os direitos dos sectores mais frágeis da sociedade ou a urgência em proteger o meio ambiente são questões que vão requerer novas abordagens, onde as noções de ética, serviço e atitude cívica de cada cidadão desempenharão um papel fundamental. As novas tecnologias que fazem emergir não só novos conceitos, mas também novas atitudes, serão um vector fundamental na aproximação ou afastamento das pessoas da vida pública.
Posto isto colocamos a questão “Que modelo de sociedade queremos para o século XXI?”.
Num mundo global cada vez mais competitivo e dinâmico, é necessário o desenvolvimento de capacidades que se adeqúem às necessidades de um mercado de trabalho cada vez mais exigente, tornando-se a valorização da população, através da educação, um objectivo prioritário. Só um nível de escolaridade e de qualificação profissional elevados podem contribuir de um modo decisivo para o desenvolvimento económico local, regional ou nacional e possibilitar o acesso a uma melhor qualidade de vida e de bem-estar, numa sociedade mais igualitária em oportunidades.
Consideramos por fim que, para uma intervenção activa e consciente da população na vida pública, é imprescindível entrar num processo de mudança de mentalidades que só a educação e a formação dos recursos humanos possibilita, propiciando, deste modo, o incremento de uma maior consciência de cidadania, nomeadamente entre as camadas mais jovens.

0 comentários:

Enviar um comentário